Como faremos para viver juntos?

Calibán Como faremos para viver juntos?, está disponível em versão digital de forma gratuita. Faça aqui o download do pdf digital desta publicação. 

Como faremos para viver juntos? é uma pergunta que acompanha a humanidade desde sempre.
Sustentando a interrogação tentaremos uma articulação possível, e contingente, entre o sujeito e o laço social. O contingente abre espaço para a escuta analítica, descobrindo o modo pelo qual o suijeto se inscreve no laço, a relação com a alteridade, as hiâncias, as quebras diante da impossível harmonia e entendimento no viver juntos.

Os textos sociais de Freud como “Psicologia das massas e análise do Eu” (1921), “O mal estar na cultura” (1930), entre outros, apontam as diversas perspectivas a partir das quais a psicanálise pensa a subjetividade de um tempo determinado, e como a trama social incide em cada um.

Barthes (1977), em seu curso: Como viver juntos?, interroga Com quem vivo?, De quem sou contemporâneo? e situa a heterogeneidade nos espaços cotidianos, questionando um ideal de progresso para pensar o intempestivo e o anacrônico em cada época.

Desafiando paradigmas, os trabalhos deste número trarão novas chaves de leitura a partir da multivocalidade e o entre-vozes das diferentes sessões que integram Calibán. Deste modo tenta-se abordar aquilo que é obstáculo às possibilidades de alojar a alteridade e a estrangeiridade que nos constitui como sujeitos.

Pensaremos o sujeito e o laço analítico nos desafios de nosso tempo. Esse laço que se cria pela transferência, laço sem paradigma, que dá à análise seus matizes, sua complexidade e sua grande riqueza.